Ao longo de quase 3 anos depois de separada, dei por mim diversas vezes a pensar que os papéis estavam trocados, sim, parece que fui eu que um dia resolvi sair de casa porque me apetecia uma vida de solteira, que deixei o outro com uma criança de 1 ano e 9 meses, que resolvi sair sem olhar para trás, que depois ai e tal se calhar era melhor não mandarmos os papéis do divórcio já, de.... sei lá tanta coisa, mas tanta... Tudo o que sempre me foi pedido eu cedi e disse AMÉN... normalmente quem sai para se ver livre do outro é que cede em tudo, no meu caso foi sempre ao contrário.
Como qualquer casal estando juntos há 13 anos a vida não era sair e já está, havia todo o lado psicológico da coisa e o material.
Hoje vou falar do material, sim, uma casa, um carro, dinheiro, recheio de uma casa, as coisas básicas...
1º carro (o meu) o dele era da instituição onde trabalha, ah e tal o carro foi um presente de aniversário ficas com ele, não o quero.... ok não fez mais que a obrigação dele;
2º dinheiro dividido exactamente a meio, claro como deve ser (acho mesmo que deve ser assim), mas já nesta altura ele ganhava quase o triplo de mim.
3º hoje, nunca, mas nunca o faria, mas fiz, apesar de não querer levou algumas coisas de móveis, o nosso quarto inteirinho, sofás, tv, e outras coisas, levou algumas coisas que como ele não tinha nada eu dei-lhe, lençóis, toalhas, enfim...
4º a casa depois de muitas tentativas e pedidos e histórias e esquemas, fiquei somente eu como proprietária da casa este mês de Julho, lembrou-se que era agora que queria fazer a coisa (apesar de eu já ter pedido mil vezes) e eu disse sim sr, já queria há tanto tempo isto, mas o momento não foi o melhor escolhido e mais uma vez sai prejudicada.
O divórcio foi como ele quis, a definição da pensão e a questão do poder paternal foi como ele quis no momento que ele quis...............quando viu o envelope pronto passado 3 meses de sair de casa, não quis mandar logo, mandamos depois do Natal disse ele (estavamos no inicio de Dezembro), no dia seguinte meti EU o envelope no correio e cheguei ao pé dele e obriguei-o a tirar-me a aliança e o anel de noivado que ainda hoje tem e não me dá por mais que eu peça. O dinheiro foi como ele quis, o carro ficou para mim porque ele assim o definiu, a vida acabou no modo que eu sempre tinha sonhado para mim e para o meu filho porque ele assim decidiu que tinha terminado, questionei muito pouco, porque sempre pensei SE NÃO QUERES VIVER COMIGO E COM O TEU FILHO, NUNCA TE VOU OBRIGAR, NUNCA.........
ERREI???? ORGULHOSA????? Não sei, não rastejei, não implorei, pedi 2 vezes e mesmo esses 2 pedidos já me foram atirados em cara.
Hoje a minha luta é apenas uma assinatura (ainda no banco) para passarmos a ter só uma coisa em comum (a mais importante o MI), mas nem essa assinatura chega e há 15 dias que a espero e há 15 dias que parece que faz tudo para não se separar disso.
Sinto que nunca vai acabar a minha saga...e dizem-me, desde sempre, ele tem um problema enorme de consciência, e acreditem tem mesmo porque apesar de se ouvir cada história cabeluda de divórcios, dinheiros pensões e afins, não tenho nada a dizer sobre o aspecto monetário, mas psicologicamente vai lá vai, até a barraca abana.....