quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ás vezes sinto que ainda não acabou....



 Ao longo de quase 3 anos depois de separada, dei por mim diversas vezes a pensar que os papéis estavam trocados, sim, parece que fui eu que um dia resolvi sair de casa porque me apetecia uma vida de solteira, que deixei o outro com uma criança de 1 ano e 9 meses, que resolvi sair sem olhar para trás, que depois ai e tal  se calhar era melhor não mandarmos os papéis do divórcio já, de.... sei lá tanta coisa, mas tanta... Tudo o que sempre me foi pedido eu cedi e disse AMÉN... normalmente quem sai para se ver livre do outro é que cede em tudo, no meu caso foi sempre ao contrário.

Como qualquer casal estando juntos há 13 anos a vida não era sair e já está, havia todo o lado psicológico da coisa e o material.
Hoje vou falar do material, sim, uma casa, um carro, dinheiro, recheio de uma casa, as coisas básicas...
1º carro (o meu) o dele era da instituição onde trabalha, ah e tal o carro foi um presente de aniversário ficas com ele, não o quero.... ok não fez mais que a obrigação dele;
2º dinheiro dividido exactamente a meio, claro como deve ser (acho mesmo que deve ser assim), mas já nesta altura ele ganhava  quase  o triplo de mim.
3º hoje, nunca, mas nunca o faria, mas fiz, apesar de não querer levou algumas coisas de móveis, o nosso quarto inteirinho, sofás, tv, e outras coisas, levou algumas coisas que como ele não tinha nada eu dei-lhe, lençóis, toalhas, enfim...
4º a casa depois de muitas tentativas e pedidos e histórias e esquemas, fiquei somente eu como proprietária da casa este mês de Julho, lembrou-se que era agora que queria fazer a coisa (apesar de eu já ter pedido mil vezes) e eu disse sim sr, já queria há tanto tempo isto, mas o momento não foi o melhor escolhido e mais uma vez sai prejudicada.

O divórcio foi como ele quis, a definição da pensão e a questão do poder paternal foi como ele quis no momento que ele quis...............quando viu o envelope pronto passado 3 meses de sair de casa, não quis mandar logo, mandamos depois do Natal disse ele (estavamos no inicio de Dezembro), no dia seguinte meti EU o envelope no correio e cheguei ao pé dele e obriguei-o a tirar-me a aliança e o anel de noivado que ainda hoje tem e não me dá por mais que eu peça. O dinheiro foi como ele quis, o carro ficou para mim porque ele assim o definiu, a vida acabou no modo que eu sempre tinha sonhado para mim e para o meu filho porque ele assim decidiu que tinha terminado, questionei muito pouco, porque sempre pensei SE NÃO QUERES VIVER COMIGO E COM O TEU FILHO, NUNCA TE VOU OBRIGAR, NUNCA.........
ERREI???? ORGULHOSA????? Não sei, não rastejei, não implorei, pedi 2 vezes e mesmo esses 2 pedidos já me foram atirados em cara.

Hoje a minha luta é apenas uma assinatura (ainda no banco) para passarmos a ter só uma coisa em comum (a mais importante o MI), mas nem essa assinatura chega e há 15 dias que a espero e há 15 dias que parece que faz tudo para não se separar disso.
Sinto que nunca vai acabar a minha saga...e dizem-me, desde sempre, ele tem um problema enorme de consciência, e acreditem tem mesmo porque apesar de se ouvir cada história cabeluda de divórcios, dinheiros pensões e afins, não tenho nada a dizer sobre o aspecto monetário, mas psicologicamente vai lá vai, até a barraca abana.....

8 comentários:

MissBlueEyes disse...

O que Tu devias fazer era abrires outras contas e deixar as contas que tens com Ele a zero!

E não lhe pedias mais nada!

Boa sorte :)

a ju... disse...

Arrepiei-me toda a ler este post e apenas posso dizer que, deixo aqui...toda a minha força para que leves tudo isto com calma e serenidade. a tua paz irá chegar!

Anónimo disse...

Depois de ler este teu post fiquei neu eu sei dizer o que senti
so concigo te dizer que vais conceguir acredita e um dia vais ser mesmo livre.

Jo disse...

Eu espero que resolvas isto o mais rapidamente possível... deve ser muito complicado passar por esta situação...

Mie disse...

Nem sei o que te diga ... e pensar que tens que lidar com ele pelo menos mais uns 15 anos. Coragem !!

rosa disse...

Eu faria o que a missblue te sugere até porque provavelmente o que o dito quer é que a tua vida dependa da dele, gire em trono dele. Salta em frente só te fará bem.

Tita disse...

A partir do dia em que ele saiu de casa, nunca mais tive contas em comum com ele, só tinha esta que era onde estava o crédito a hábitação e tinhamos obrigatoriamente que estar os dois na conta...
Hoje dia 15.10.2010 já tenho a situação resolvida ele já entregou a carta de desvinculação...

Rute disse...

Tita, já sigo o teu blogue há algum tempo porque achava que de alguma forma os meus pensamentos cruzavam-se com os teus.Hoje vejo que mais do que os pensamentos, temos uma história de vida comum. O pai do meu filho também achou que depois de "programarmos" o nascimento de um filho, não era aquela vida que queria e teve o belo sentido de oportunidade de mo dizer quando o meu filho ainda nem tinha completado um mês de vida. Este teu post faz lembrar em muito alguns comportamentos do meu "ex", "não desliga" e eu "não desligo" porque tenho receio que ao fazê-lo ele se afaste do filho. Ainda tenho a casa com ele mas eu é que a pago sozinha desde que ele saiu (faz agora um ano)não consigo garantir as mesmas condições de empréstimo no banco, no entanto tenho uma procuração em que me dá todos direitos sobre a casa.
Consegui ficar com os móveis todos, ele apenas levou alguns objectos de decoração que os familiares lhe tinham dado. Não fiquei muito mal servida e não me posso queixar muito quanto à pensão e algumas ajudas que dá... mas detesto ter que viver esta situação do "está mas não está". Sei que vou ter que "conviver" uns bons anos com ele porque temos um filho em comum, e tenho que manter a relação o mais cordial possível, pelo meu filho, mas às vezes o que gostava mesmo é que desaparecesse, para me sentir finalmente "livre".
É lixado viver assim, às vezes ainda me perguntou como é que isto tudo aconteceu mas depois olho para o meu filho e digo a mim própria que passava por tudo outra vez mil vezes só para ter aquele "pedaço de mim" comigo.
Abraço cheio de força!